Réu Primário: o que significa na prática

Importante trazermos o tema – Réu Primário – para os nossos leitores e clientes. Sabemos que boa parte da sociedade, desconhece certas práticas do direito e consideramos relevante falarmos sobre o tema de forma mais didática. E a primeira pergunta que deixo para você é: Você já ouviu falar no termo “réu primário”? Tem dúvidas sobre o que ele realmente representa dentro de um processo criminal? Antes de tudo, é fundamental entender esse conceito, pois ele pode influenciar diretamente no desfecho de uma ação penal. Certamente, a princípio, o termo pode parecer técnico, mas sua compreensão é acessível e essencial, principalmente para quem busca se informar sobre seus direitos ou de alguém próximo envolvido em um processo judicial. Assim sendo, vamos explicar em detalhes, de forma simples, objetiva e com linguagem acessível, o que é ser réu primário, quais os benefícios legais dessa condição e como isso impacta a vida jurídica da pessoa acusada. Compreender esse universo, ainda você não tenha o conhecimento técnico, pode influenciar na forma como você fará a gestão dessa situação, caso esteja vivenciando esse processo. Inegavelmente, quando conhecemos o “terreno”que estamos pisando, fica menos doloroso passar por esse processo. Igualmente, estarmos assistido por um profissional qualificado, ou seja, por um(a) advogado(a), especialista em direito criminal, é fundamental. O que é ser réu primário? Em resumo, considera-se réu primário aquele que nunca foi condenado definitivamente por nenhum crime. Ou seja, não possui antecedentes criminais registrados em sentença penal transitada em julgado. Em outras palavras, a pessoa pode até estar sendo processada atualmente, contudo, se ela não tiver condenações anteriores com trânsito em julgado, ainda será considerada primária. De acordo com o artigo 59 do Código Penal brasileiro, a primariedade é um dos fatores que o juiz deve considerar ao definir a pena, isso porque, a primariedade tem relação com a conduta anterior, ou seja, um fator que será considerado pelo juiz nesse cenário. Por isso, esse status pode ser determinante para um julgamento mais favorável ao acusado. Qual a importância de ser réu primário? Certamente, a condição de réu primário é um grande diferencial no Direito Penal. Ela demonstra que a pessoa nunca cometeu crimes anteriores, o que pode indicar menor periculosidade e colaborar com a ideia de que o ato foi um desvio isolado de conduta. Analogamente, pense na primariedade como uma ficha limpa: uma informação que o sistema judicial leva em consideração para aplicar medidas mais brandas, quando cabíveis. Dessa forma, essa condição pode resultar em: Portanto, ser réu primário é extremamente relevante, especialmente quando aliado a outros fatores como bons antecedentes, residência fixa e trabalho lícito. Réu primário pode ser preso? Apesar disso, é importante destacar que a primariedade não impede automaticamente a prisão. Todavia, ela pode ser um argumento importante da defesa para pedir liberdade provisória ou para combater a decretação de prisão preventiva.Entretanto, em crimes mais graves ou quando há risco para a ordem pública, ainda que o réu seja primário, o juiz pode determinar a prisão. Assim, a análise será sempre feita com base no caso concreto, levando em conta não apenas o histórico da pessoa, mas também a gravidade do fato e o risco à sociedade ou ao processo. Réu primário pode voltar a essa condição depois de ser condenado? Surpreendentemente, sim. Conforme determina a legislação penal, se uma pessoa for condenada, mas passarem cinco anos após o cumprimento da pena sem cometer novo crime, ela deixa de ser considerada reincidente. Logo, se essa pessoa cometer um novo delito depois de cinco anos, ela pode voltar a ser tratada como ré primária.Contudo, é importante frisar que essa “reabilitação” não apaga o passado criminal, ela apenas deixa de surtir efeitos penais para fins de reincidência. O que pode “anular” a condição de réu primário A partir do momento em que ocorre uma nova condenação com trânsito em julgado, a pessoa passa a ser considerada reincidente. Desse modo, a condição de réu primário é perdida automaticamente, e qualquer novo processo será tratado com maior rigor, pois a reincidência é uma circunstância agravante, segundo o Código Penal. Além disso, a reincidência pode dificultar a concessão de benefícios penais, como livramento condicional, indulto ou penas alternativas. Perguntas Frequentes sobre Réu Primário 1. Ser réu primário significa que a pessoa é inocente?Não. Ser réu primário significa não ter condenações anteriores, mas isso não impede que a pessoa esteja respondendo por um novo crime.Assim como qualquer réu, ela será julgada, podendo ser absolvida ou condenada. 2. Réu primário pode receber pena de prisão?Sim, pode.Contudo, essa condição costuma abrir margem para penas alternativas e outras medidas menos severas, dependendo do caso e da gravidade do crime. 3. Réu primário pode fazer acordo com o Ministério Público?Sim. Inclusive, essa condição é requisito para muitos acordos penais, como o ANPP (Acordo de Não Persecução Penal), que permite evitar a continuidade do processo em troca do cumprimento de condições previstas em lei. 4. Ser réu primário facilita a liberdade provisória?Geralmente, sim.Porém, a decisão depende de vários fatores.Afinal, o juiz avalia também o risco de fuga, ameaça à ordem pública e à instrução processual. 5. Se o crime foi leve, o réu primário pode ser absolvido?Não necessariamente. A absolvição depende das provas e da análise do caso.Porém, a pena pode ser menor ou convertida em medida alternativa, o que já representa um impacto positivo relevante. Importante Em conclusão, o conceito de réu primário vai muito além de uma simples classificação.Ele representa um importante indicativo do histórico da pessoa perante a Justiça, podendo ser determinante para decisões mais brandas, equilibradas e justas. Sobretudo, contar com a assistência de uma advogada criminalista é essencial para garantir que todos os seus direitos sejam respeitados — principalmente se você é réu primário e está sendo processado criminalmente. Seja como for, lembre-se: o acesso à informação jurídica de qualidade é um direito seu.E com o suporte certo, é possível enfrentar qualquer acusação com mais segurança e amparo legal.
Audiência de Custódia: Conheça seus Direitos

Audiência de Custódia: O Que é, Como Funciona e Porquê É Tão Importante Entenda o que é e como funciona a audiência de custódia Quando uma pessoa é presa em flagrante no Brasil, ela tem direito a ser levada à presença de um(a) juiz(a) no prazo de até 24 horas. Como resultado, essa apresentação é chamada de audiência de custódia, ou seja, é um momento fundamental para garantir que os direitos da pessoa presa sejam respeitados. Com o propósito de garantir os direitos do custodia, um(a) advogado(a) especialista na área, terá o devido conhecimento técnico para prestar a assistência devida. Contudo, sabemos que nem todos poderão estar acompanhados por um advogado particular, assim, poderá socorrer-se, se for o caso, da assistência da Defensoria Pública, a fim de que seus direitos sejam integralmente preservados. O Que É a Audiência de Custódia? A audiência de custódia é um procedimento obrigatório e garantido por lei. Em conformidade com a nossa legislação aplicável ao caso, a pessoa presa em flagrante é ouvida por um(a) juiz(a) responsável por verificar: Por certo, essa audiência deve acontecer em até 24 horas após a prisão, e tem como objetivo proteger a dignidade, os direitos humanos e o devido processo legal. Inegavelmente, todos têm direito a devida assistência, portanto, a audiência de custódia não é apenas mais um procedimento entre tantos outros, a finalidade é a garantia dos direitos da pessoa humana em sua integralidade. Com efeito, todo o trâmite é bem definido e acompanhado pelas partes envolvidas, seja o preso, juiz, advogados, Defensoria Pública e Promotor de Justiça, desse modo temos a garantia equilibrada do ato formal. Quem Participa da Audiência de Custódia? Participam da audiência: Qual o Objetivo da Audiência de Custódia? Os principais objetivos são: O Que Pode Acontecer Após a Audiência? O(a) juiz(a) pode decidir por: 1. Manter a prisão Se houver risco à sociedade ou à investigação, primeiramente, avaliando cada caso dentro de suas particularidades. 2. Liberdade provisória Concedida quando a pessoa não oferece risco e cumpre requisitos legais, igualmente, avaliando sempre o contexto. 3. Aplicação de medidas cautelares 4. Relaxamento da prisão Quando a prisão é considerada ilegal. A Audiência de Custódia É um Julgamento? Não. Logo, ela não serve para julgar o crime, mas apenas para avaliar a legalidade da prisão e as condições da pessoa presa. Por Que a Audiência de Custódia É Tão Importante? É um instrumento de proteção aos direitos humanos, dessa maneira, ajuda a evitar prisões desnecessárias, maus-tratos e injustiças. Além disso, fortalece o respeito à dignidade da pessoa humana. Qual o Papel do(a) Advogado(a) na Audiência? O(a) advogado(a): Perguntas Frequentes Sobre Audiência de Custódia 1. Toda pessoa presa tem direito à audiência de custódia? Sim. É um direito garantido a toda pessoa presa em flagrante, razão pela qual é importante que você consulte um especialista da aérea. 2. E se a audiência não acontecer dentro de 24 horas? A defesa pode alegar ilegalidade, o que pode levar à soltura da pessoa presa. 3. A audiência é um julgamento? Não. O procedimento tem a finalidade de avaliar a prisão, não o mérito do crime propriamente. 4. Posso levar meu advogado de confiança? Sim. Com toda certeza você deve estar acompanhado por um(a) advogado(a), ou, na impossibilidade de ter um(a), a Defensoria Pública estará presente. 5. Réu primário tem mais chance de sair? Sim. Réus primários têm mais chances de receber liberdade provisória ou medidas alternativas. No entanto, depende das particularidades de cada caso. 6. A audiência pode revelar violência policial? Sim. A pessoa pode relatar abusos e o(a) juiz(a) deve encaminhar para investigação. Precisa de Ajuda Jurídica? Se você ou alguém próximo está enfrentando uma situação de prisão ou precisa passar por uma audiência de custódia, saiba que não está sozinho(a). A atuação de um(a) advogado(a) é fundamental para garantir seus direitos. Nosso escritório já conta com mais de 10 anos de experiência, atendendo clientes de todo o Brasil. Somos especialistas em atender com empatia e buscar as melhores estratégias jurídicas para os diversos casos que já passaram e passam, diariamente, pelo nosso escritório. Como advogada atuante, estou à disposição para te orientar com ética, escuta ativa e responsabilidade. Entre em contato para agendar um atendimento personalizado.